quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lixo espacial,o perigo ronda a Terra

Lixo espacial, escombros espaciais, rejeitos espaciais, detritos em órbita, chame como você quiser… Não é só na Terra que lixo e escombros causam problemas. “Porcas e parafusos” da construção da Estação Espacial Internacional (ISS), vários rejeitos acidentais tais como luvas de traje espacial, câmeras, bem como fragmentos de espaçonaves que explodiram podem tornar-se gravíssimos problemas para o futuro da navegação espacial se ações preventivas para mitigar as ameaças não forem tomadas desde agora.

Na imagem acima temos uma plotagem dos objetos rastreáveis em órbita da Terra em baixa altitude (chamada de LEO – “Low Earth Orbit”), como se pode ver na nuvem de objetos em volta da Terra. Vemos aqui também, na órbita geoestacionária, os satélites GEO, bem distantes, cerca de 35.786 km sobre a Terra, formando um grande anel, bem como os diversos satélites entre esses dois níveis.O recente choque entre o satélite russo Cosmos 2251 e o americano Iridium 33 trouxe-nos um forte aviso de que se nenhuma ação for tomada em breve teremos graves problemas na utilização do espaço orbital terrestre.

Contando desde o lançamento do Sputnik em 4 de outubro de 1957 até 1º de janeiro de 2008, aproximadamente 4.600 lançamentos colocaram 6.000 satélites em órbita. Desses, cerca de 400 estão viajando em trajetórias interplanetárias e dos 5.600 remanescentes apenas 800 estão em operação – 45% destes estão nos níveis LEO e GEO. Assim, o lixo espacial compreende o aumento sempre crescente de equipamento inativo em órbita em volta da Terra assim como fragmentos de espaçonaves que se quebraram, explodiram ou tornaram-se abandonadas. Cerca de 50% dos objetos rastreáveis foram originados por explosões em órbita (cerca de 200) ou colisões (menos de 10).

Impacto na janela do ônibus espacial

Oficiais do programa space shuttle (ônibus espacial) disseram que a espaçonave normalmente recebe choques de detritos espaciais e mais de 80 janelas já foram substituídas pelo programa. A ISS (Estação Espacial Internacional) freqüentemente toma medidas evasivas para evitar colisões com escombros espaciais. É claro que esses resíduos não ficam simplesmente estacionados: eles permanecem em movimento veloz. As velocidades relativas entre objetos em órbita podem ser muito grandes, na faixa de dezenas de milhares de quilômetros por hora.Para o satélite Envisat, por exemplo, a ESA disse que a velocidade relativa entre o satélite e os resíduos espaciais está na faixa de 52.000 km/h. Se um pedaço de detrito atinge um satélite, a ISS ou o ônibus espacial, em tal velocidade o impacto pode resultar em danos severos ou até mesmo catástrofes.

Acima temos a plotagem dos resíduos na órbita polar em volta da Terra. A partir da imagem abaixo fica evidente como as explosões em espaçonaves causam o espalhamento dos objetos. Depois do fim da missão as baterias e sistemas pressurizados assim cmo os tanques de combustível podem explodir. Isso gera objetos residuais, que contribuem para a crescente população de materiais na órbita terrestre, com tamanhos que variam de 1 micrômetro até 10 cm de diâmetro.

Cerca de 40% dos detritos espaciais rastreáveis são originados em explosões, na freqüência de 4 a 5 por ano. Em 1961, a primeira explosão registrada triplicou a quantidade de detritos espaciais rastreáveis. Na década passada a maioria das agências espaciais começaram a empregar medidas passivas à bordo dos satélites para eliminar fontes latentes de energia relacionada as baterias, tanques de combustível, sistemas de propulsão e de ignição. Mas isso é ainda insuficiente! Nas taxas atuais, em 20 a 30 anos, as colisões orbitais irão exceder as explosões como fonte de novos detritos espaciais.

A Agência Espacial Européia (ESA) afirma que é crucial iniciar imediatamente a implantação de medidas de mitigação. A imagem acima mostra uma simulação do ambiente geostacionário (GEO) em 2012 comparando os possíveis cenários. Na ilustração superior, com as medidas preventivas, um ambiente muito mais limpo pode ser observado se o número de explosões for reduzido drasticamente e se não ocorrer ejeção de detritos por novas missões a partir de agora. Entretanto, para parar o contínuo aumento da quantidade de lixo, medidas mais ambiciosas devem ser executadas. A mais importante é garantir o retorno, retirando de órbita, das espaçonaves e seus estágios de foguetes de volta para a Terra após cumprir suas etapas na missão.


Fonte: http://eternosaprendizes.com/

3 comentários:

Bruno Marques disse...

Quanta sujeira que o homem é capaz de gerar, como se nao bastasse na terra, no espaço tbm, triste...

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Alice Dias Lima disse...

Muito bom o blog. Estou te seguindo.

Antonio Vieira disse...

Parabéns pela postagem sobre o lixo espacial, como sempre é um excelente artigo. A Internet no Brasil realmente precisa de postagens de qualidade como estas que você está nos oferecendo. Gostaria de lembrar também um ótimo agregador de conteúdos que vem se destacando muito, que é o Super Links:
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