quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

França incentiva fabricantes de bens ‘verdes´ através de empréstimos baratos


O plano francês de oferecer empréstimos baratos para as empresas que investirem na fabricação de produtos ‘verdes’ ganhou a aprovação da Comissão Européia nesta terça-feira (03/02/09).Com a crise financeira atingindo as vendas nos principais setores da economia, a Europa busca maneiras de reanimar a demanda dos consumidores. Cada vez mais, políticos citam o “crescimento verde” como um caminho para incentivar a economia e o mercado de trabalho.
A medida é direcionada para todos os setores econômicos, mas a França, lar da Renault e da Peugeot Citroën, tem estado especialmente preocupada com o já prejudicado setor automobilístico. O governo prometeu injetar até € 6 bilhões em ajuda às montadoras.O presidente francês Nicolas Sarkozy cogita fazer com que os fabricantes de carros do país se comprometam em comprar partes de fornecedores franceses em troca de ajuda, reportou o Financial Times.A Comissária de Competição Européia, Neelie Kroes, declarou que a medida ajudaria as empresas abatidas pela crise dos créditos, já que investiriam em produtos que estão de acordo com o plano da União Européia (UE) para combater as mudanças climáticas.
A UE pretende cortar as emissões de dióxido de carbono em um quinto abaixo do nível de 1990 até 2020, e irá mais longe se outros grandes emissores assinarem um novo pacto global.Autoridades estatais e regionais poderão garantir taxas de juros reduzidas com prazo máximo de dois anos até o final de 2010."Este é o primeiro esquema direcionado especificamente para o incentivo da fabricação de produtos ‘verdes’”, disse o porta-voz da Comissão Européia Jonathan Todd.Ele relembrou o anúncio feito pela Inglaterra na semana passada de que o país estava trabalhando com urgência junto aos fabricantes de automóveis para melhorar o acesso do setor aos créditos.
O investimento precisa ser relacionado a produtos que estarão de acordo com os futuros padrões europeus de proteção ambiental. A redução na taxa de juros não poderá exceder 50% para empresas pequenas e médias e 25% para grandes companhias.“Isto incentivaria as empresas interessadas a se preparar para os desafios do futuro, possibilitando a emergência da crise com um modelo de negócios mais consistente com os objetivos ambientais da UE”, declarou a comissão.


Por: Pete Harrison
Fonte: Reuters.
Traduzido por Fernanda B Muller, CarbonoBrasil.

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